Pobres das flores dos canteiros dos jardins regulares.
Parecem ter medo da polícia...
Mas tão boas que florescem do mesmo modo
E têm o mesmo sorriso antigo
Que tiveram para o primeiro olhar do primeiro homem
Que as viu aparecidas e lhes tocou levemente
Para ver se elas falavam...
Parecem ter medo da polícia...
Mas tão boas que florescem do mesmo modo
E têm o mesmo sorriso antigo
Que tiveram para o primeiro olhar do primeiro homem
Que as viu aparecidas e lhes tocou levemente
Para ver se elas falavam...
Alberto Caeiro - Fernando Pessoa
2 comentários:
Linkei o poesia e luta lá no contra-ordem! Abração, jeff
E elas falaram os mais doces poemas
feitos de mel e colibris ensolarados voados por asas de pura velocidade
quase nada quase parada
declamaram velhas poesias insanas opiadas deslumbradas
flores vigiadas pela policia
mas escondidas soltam seus aromas
enviam seus amores pelas borboletas
se enfeitam de joaninhas
e dão cor ao mundo cinza dos homens.
Luiz Alfredo-poeta
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